quinta-feira, novembro 23, 2006

quarta-feira, novembro 15, 2006

VIVA A VIDA











A vida é uma oportunidade, aproveite-a...
A vida é beleza, admire-a...
A vida é felicidade, deguste-a...
A vida é um sonho, torne-o realidade...
A vida é um desafio, enfrente-o...
A vida é um dever, cumpra-o...
A vida é um jogo, jogue-o...
A vida é preciosa, cuide dela...
A vida é uma riqueza, conserve-a...
A vida é amor, goze-o...
A vida é um mistério, descubra-o...
A vida é promessa, cumpra-a...
A vida é tristeza, supere-a...
A vida é um hino, cante-o...
A vida é uma luta, aceite-a...
A vida é aventura, arrisque-a...
A vida é alegria, mereça-a...
A vida é vida, defenda-a...


MADRE TERESA DE CALCUTÁ

domingo, setembro 24, 2006

sábado, setembro 23, 2006

ATENÇÃO_2



"Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha".
(Confúcio)



Quem se atreve a dizer que não é capaz… só porque tem medo… não acredita nas possibilidades que a vida lhe oferece!

Se pensas que não és capaz, mas ao mesmo tempo tens a capacidade da teimosia… então é quase certo que consigas aquilo que, para muitos, não passa de uma hipótese.

Se entendes que podes aproveitar todas as possibilidades que te surgem e com elas fazer um crescimento saudável e razoável… então podes dizer que estás a crescer!

Se visualizas nos outros as possibilidades de vida que tiveram e que não aproveitaram… podes muito bem valorizar mais aquelas que tens, actualmente!

Se acreditas que os outros são a base da sociedade e com eles queres aprender a conhecer-te e a realizar-te… então aceitas o valor da diferença e da complementaridade - estás no bom caminho!

Se admites que podes fazer uma montanha… então porque é que andas a fazer vales e montes?
….

Vamos criar laços…

Vemo-nos por aí. Um abraço!!!

Carlos Reis

sexta-feira, setembro 22, 2006

SUDDENLY I SEE...


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ATENÇÃO_1




VÊ...OUVE... OU VIVE...
Bonito não acham?!


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Para saborear...

domingo, setembro 03, 2006

O Pe. URBINO



DesmAMAR! = (Diz-me AMAR)


O Pe. Urbino,
Como Pastor, Por amor,
“Desmamou-me”, sem me conhecer de lado nenhum!

-“Pe. Urbino, não se importa que fale um pouco de si?”
- “Importo, pois!”

Fazia anos nesse dia que a mãe do Pe. Urbino tinha sido mãe pela primeira vez. Nesse dia o filho foi visitar a mãe, acompanhado de dois novos colaboradores que pelo aspecto pareciam tudo, menos padres. No quintal da irmã do Pe. Urbino, em Calvão, fomos descobrir a mãe nas lides da lavoura. “Então velha, como estás?” – referiu-se assim à mãe, por ser mais vivida, com carinho, que amava. - “Venho apresentar-lhe os meus novos ajudantes.” “Pois sim” – retorquiu a mãe desembaraçada. Passado algum tempo, pouco, disse-lhe a mãe, não fosse a conversa encravar: “Mais dois para desmamares!?” O riso rompeu-nos as faces. Não éramos os primeiros!

Este breve episódio foi o início de muitos que tive oportunidade de viver com o Sr. Prior, um pai, um amigo. Serve, também, de prólogo para prestar o meu humilde tributo a um homem que me marcou profundamente, através da sua amizade, do seu testemunho – como homem e como padre – da sua inteligência, delicadeza e bondade.

Desmamar gente para o serviço da Igreja! Pensais, por acaso, que é fácil? Não! É preciso muita paciência! É sobre esta importante faceta que vos irei falar do Sr. Prior. Penso, que ainda nada foi escrito sobre ela e pouco o chegará a ser. As palavras cessam, contudo o amor encarna e perpétua a memória. Só agora, passados todos estes anos, sete, ouso pintar pequenos traços que me marcaram e vincaram a existência.

Foi com o Pe. Urbino que fiz a purificação de 14 longos anos de seminário, cheios de pó, peneiras e teorias.

Com ele aprendi as pessoas, as relações, as reuniões, os encontros, os marginalizados, as missas, as crianças, as celebrações, os jovens, os padres, os adolescentes, os idosos e doentes das casas e do lar, as obras, as mães abandonadas com filhos e sem telha, o cartório, os pecados, a confissão. Aprendi que o melhor testemunho que podemos dar de Deus e da Sua Palavra está nas atitudes que tomamos com os outros e o que deles dizemos, na sua ausência.

Aprendi as reuniões das sextas-feiras, onde preparávamos a semana seguinte, avaliávamos os trabalhos realizados e desenhávamos novos projectos. Nenhuma decisão passava para a paróquia sem antes o Sr. Prior nos consultar, e vice-versa. Éramos importantes, sem o sermos.

Aprendi a escutar os outros antes de assumir decisões importantes e a comungar das decisões tomadas, por muito que às vezes não concordasse. Éramos uma equipa, com camisola amarela.

Aprendi a partilha económica. O dinheiro ganho por cada um era partilhado por todos, depois de pagas as despesas. Muito, ou pouco tinha que dar, até para as ciganas.

Aprendi o acolhimento. Poucas eram as noites sem trabalhos! No entanto, o Pe. Urbino raramente se ia deitar sem antes falar connosco e perguntar se tudo tinha corrido bem, como uma mãe! Sem contar, lembro-me da primeira reunião que fiz com os pais. Pensava que iria encontrar algumas pessoas e encontrei centenas de algumas. Enformei-me. Quando tínhamos uma noite livre conversávamos até tarde. Qualquer que fosse o mote da conversa existia sempre clareza nas suas afirmações e ideias. Era um homem com uma invulgar capacidade de afirmação e cultura, escudando sempre a sua tese.

Aprendi a acordar! Relembro as vezes que me acordava a tocar-me nos pés e eu de maroto, já desperto, ouvia a sua voz meiga. Lembro as vezes que o acordava, com o som alto da aparelhagem, para ir leccionar ou rezar a missa das 7:00h, às quintas-feiras – o seu dia de folga.

Aprendi a amizade! Uma vez por ano convidava todos os padres que tinham passado por Ílhavo, para um cerimonial gastronómico. A matança do porco, era uma ocasião única e institucionalizada para criar laços e reviver memórias. Sentia a sua tristeza quando algum faltava à chamada, que sempre desculpava com um sorriso. Para ele os padres eram tudo. Falava dos que o formaram, com carinho, apesar dos castigos engolidos. Com ele comecei a perdoar os erros dos meus perfeitos. Os padres do Arciprestado e da Diocese, podiam contar sempre com ele. O bispo tinha nele um confidente e um amigo. Nunca, mas nunca nos revelou o que quer que fosse das reuniões episcopais, apesar das nossas preces.

Aprendi a bondade e a humildade! Era muito amável e próximo. Nunca deixava por resolver o mais pequeno problema. As suas palavras e os seus conselhos eram como água fresca, em tarde de Verão. As filas para o cartório, às quartas-feiras e sábados, comprovavam isso. Nunca elogiava directamente alguém, embora o fizesse à parte do visado. Os outros eram sempre melhores.

Aprendi a viver em família. Amava os seus, sem nunca esquecer as suas ovelhas. Na noite de consoada ia sempre jantar com as suas causas – as crianças, os velhinhos, as mães solteiras.
Sofria de baixinho. Estava sempre bem. Nunca se queixava do que quer que fosse. Sempre atento ao sofrimento dos outros, socorria a todos, apesar das muitas solicitações. Pouco antes da sua partida para a casa do Pai deixou transparecer uma ténue dor através da sua voz que nunca o traiu.

Escrevo estes apontamentos passados onze anos, no dia do seu aniversário, que celebro.
Um homem que se deu por amor. Sempre por amor! Estou certo que todos os que passaram por Ílhavo sentem o apelo de continuarem esta senda. Como padres, ou leigos, todos crescemos e ajudámos a crescer o Sr. Prior, que de pequeno só tinha os sapatos, que gostava de comparar com uns que existiam num museu qualquer e que tinham pertencido a um bispo, já esquecido.
Um homem com um coração tão grande que nos mostrava e dava a conhecer o Coração de Deus.
Obrigado por tudo Padre!
-“Não tem de quê!” Então e como estás tu? – Começava, sempre assim a sondar-nos o coração!
Foi com ele que me abri e descobri a felicidade!
Aprendi a verdade e o respeito! Aprendi a saber Amar.
Com ele aprendi a caminhar para a santidade!
Entendi o que é ser santo!
-“Obrigado por te importares comigo!”


Carlos Reis

sexta-feira, agosto 11, 2006

DAR EXEMPLOS?!



Aplica a ti mesmo os conselhos que dás a outros.
(Thales de Mileto)

Quem já não ouviu dizer: - “Olha para ti e deixa os outros em paz…” ou, - “estás a ver-te ao espelho?”, ou ainda, “- deixa lá que o teu telhado, também, tem telhas de vidro!!!”, e tantas, tantas, outras mais…

De facto, através da vivência que vamos realizando com os outros, em sociedade, podemos tirar algumas conclusões. Uma delas é não gostarmos de ser comparados com ninguém (para pior, é claro). Outra é que digam mal de nós. Por este motivo somos levados a ter sempre uma ou duas frases destas no bolso, prontas a disparar, quando somos ameaçados, por alguém que nos julga ou se julga mais importante que nós. Somos assim… somos seres humanos à espera e à procura de melhorar. Muitas vezes, quando ralhamos, ou falamos dos outros isso é tão só querer que os outros façam aquilo que nós gostaríamos e desejaríamos fazer. Acontece, isto, com os pais em relação aos filhos, os amigos com os amigos, os avós com os netos, os netos com os primos e por ai fora…

Querer que os outros sejam melhores que nós, é óptimo, mas querer que os outros façam coisas que nós ainda não somos capazes de fazer… é que não é muito lógico e correcto. Temos muitos exemplos… por exemplo: de que vale, a um polícia dizer que devemos respeitar os sinais de trânsito, quando ele ao conduzir um veículo não os respeita minimamente? De que vale um médico dizer para não fumar… se o vemos no corredor das urgências com o cigarro a arder? … Se calhar, achas estes exemplos um bocadinho exagerados…, mas podemos enunciar outros…. De que vale um pai proibir o filho de fumar se ele parece uma chaminé? Ou uma mãe dizer ao filho para não dizer “asneiras”, se ela não se cansa de as repetir? Ou dizer às pessoa para não deitarem lixo para o chão se quando vamos à praia não conseguimos chegar ao caixote do lixo... E, … por aí em diante… Exemplos não faltavam para encher livros…

Por isso, amigos - e isto também é para mim - antes de aconselharmos os outros em como fazer ou dizer as coisas, convém que ao menos tenhamos a noção do que estamos a falar. Não podemos exigir dos outros aquilo que não exigimos a nós mesmos e é por essa razão que a frase de Tales de Mileto é tão actual nos dias que correm.
Ser exemplo implica ser capaz de realizar as palavras que dizemos aos outros - isto é - ser capaz de fazer aquilo que se diz. O blá blá blá que muitas vezes ouvimos não tem sentido se não for justificado com aquilo que vemos nos outros.

Por isso, antes de seres conselhos… sê um Conselho.
Antes de dares exemplos… dá Exemplo!!!

Vamos criar laços…Vemo-nos por aí. Um abraço!!!
Carlos Reis

terça-feira, agosto 08, 2006

FILHOS DA NAÇÃO



Esta é velhinha, mas diz muito aqui ao moço!!!!

Aqui estás tu, jovem atento
Acordado neste fim de século
À espera de um lugar
Difícil de encontrar
No canudo vive a esperança.

Atrás das luzes em vertigem
Ao medo da noite decente
Que tens que conquistar
Tu tens de conquistar

[bis refrão:]

Ai estes são os filhos da nação
Adultos para sempre
Ansiosos por saber
Se a cruz é salvação

Pões as cenas sem nada para temer
velho cúmplice da decisão
presa é uma ordem
que não podes quebrar,
o desfacinado ofício da vitória

A fúria de um monólogo
que insiste em partilhar
mas não entendes porquê
mas não entendes porquê

[refrão]

Pá, pá, pá, pá, pá.....

(ACORDES - Sol+/ Do+/ Fá+/ Lá-)
Quinta do Bill

sexta-feira, junho 16, 2006

JUVENTUDE ETERNA!



Considerada por muitos como um tempo onde se pode fazer aquilo que se quer, mas muitas vezes sem se saber o que se quer, a Juventude engloba no nosso quotidiano muitas formas culturais, que nem sempre correspondem aos padrões sociais comummente aceites.
Para os jovens da idade da juventude, a Juventude é um tempo que nunca mais termina, onde as suas opiniões e diferenças não são levadas a sério. Pensasse no imediato, no fácil, no economicamente mais célere, no “tá-se” bem, sem se atender a outras perspectivas capazes de realização. Perspectiva-se muitas vezes a “sensação de viver”, em detrimento do viver de verdade.

Para os jovens de meia-idade, a Juventude é o eterno saudosismo, do que se fez e do que se deixou por fazer, muitas vezes levados pela timidez ou por um acto de coragem necessário e oportuno.
Para os jovens depois da meia-idade, a Juventude é um período, onde ainda há muito para descobrir. Saradas as feridas da época anterior, esperasse apanhar a carruagem da existência com a aprendizagem dos filhos. É o renascimento da idade dos porquês.
Para os jovens mais vividos na idade, a Juventude será sempre um estado de espírito, onde todas as vivências passadas servem para reconciliar a teia da vida. Não pretendem voltar atrás, pelo contrário, querem dar-se a conhecer e estão abertos a um enumero conjunto de vivências, que se para os mais novos são vistas como um conjunto de narrações fantásticas, elas são no fundo histórias de vida que vale sempre a pena aprender e estudar.
Por tudo isto e muito mais que se pudesse considerar, a Juventude é e será sempre um eterno reencontro do Homem consigo mesmo, com os outros e com Deus, num espaço próprio que é o nosso Mundo. É como se de uma espiral se tratasse. A linha que a molda não é estática, nem se prende nunca no mesmo ponto, pelo contrário, reencontra-se e eleva-se no seu conteúdo e realização. Assim a Juventude. Ela não é uma época, é um conjunto de boas épocas. Ela engloba no seu íntimo períodos de aprendizagem social, onde o passado se encontra com o presente, em comunhão e caminhada com o futuro.

Falar de Juventude é falar do Homem. Entender a Juventude depende sempre dos receptores, que ouvem e aceitam ou não a sua mensagem. Encarar a Juventude é dizer sim à vida, naquilo que ela tem de melhor, no seu verdadeiro significado e sentido. Acreditar na Juventude é, também, sentir os valores da justiça, da verdade, da amizade e da paz, no pulsar do coração. É com o seu engenho que estes valores se moldam no Homem.

A Juventude é necessária para transformar o Homem e o Mundo. Esta transformação dá-se sempre que existe, no ser humano, a capacidade para confiar e acreditar nas relações inter-pessoais e ambientais. Oportunamente o bem comum surge deste encontro. Ser Jovem passa também por respeitar o que nos foi legado pelos nossos pais e conceder uma melhor oferta aos nossos filhos. Por isso, não existe uma época para a Juventude. Ela é eterna.

Acreditar na Juventude é acreditar num tempo em que o Homem consegue superar as suas expectativas e transfigurar a sua existência.

Por tudo isto e muito mais, Viva a Juventude! Bebamos com Ela. Ela não nos coloca limites de tempo e de espaço, somente exige de nós a capacidade de nos renovarmos e de acreditarmos sempre que o melhor é eternamente possível.
Ela será sempre a idade que o homem quiser.

Vamos criar laços…Vemo-nos por aí. Um abraço!!!
Carlos Reis

terça-feira, maio 30, 2006

QUERO SER LIVRE!


“DEIXA O CAVALO SOLTO... SE VOLTAR ELE É TEU, SE NÃO VOLTAR, NUNCA FOI TEU.”

(Autor desconhecido)

Este é com certeza o maior grito jamais ouvido na juventude!
QUERO SER LIVRE!
E quero ser livre porque sou gente. Gente que quer ser aquilo que sonha querer! Gente que pensa ser aquilo que nunca foi, mas que deseja ardentemente ser… Ser aquilo que dê gozo, saúde, harmonia, dinheiro, paz, tranquilidade, independência, e tantas e tantas coisas que sonha querer ser como elas… todas juntas e como elas, livre! Mas o que é isso de ser livre? - pergunta alguém. Será fazer tudo o que me apetece ou será um sonho bom que por muito que tente nunca consigo realizar… onde tudo é permitido e onde o proibido é possível e apetecido?
Na demanda da liberdade os jovens são irreverentes, anti-sociais, enérgicos, justos, verdadeiros, lutadores, grevistas, capazes de mudar o mundo por causa de uma verdade que para o resto do mundo não passa de uma hipótese. Certo é que devemos atender a este seu crescimento em sociedade. Justo é nós adultos conseguirmos verter nos jovens aquilo que outros anteriormente depositaram em nós… valores, regras, capacidades, formas de vida. Mas pergunta de novo alguém - “assim não, assim não há liberdade?” E é aqui que se coloca e centra o problema. Damos aos jovens aquilo que precisam para viver… roupa, comida, formação, e porque não dizer algum dinheirito para ir cultivando algum vício ou virtude, mas não lhes damos os porquês? A razão de ser das coisas. Porquê? As directrizes que emanamos são ditatoriais e nunca feitas na base da proposta. Se não fazem ou se não entendem os porquês, impomo-nos fazendo prevalecer o nosso modo de ver. E PORQUÊ? - responde de novo alguém? Porque é que eu tenho agora de fazer isso? E voltamos nós, de novo, aos gritos do Ipiranga…
Entender a Liberdade é um exercício de Responsabilidade. A responsabilidade significa a capacidade que eu tenho em dar uma resposta positiva ou negativa perante determinada proposta que tenho ou me fazem. Se de facto sou livre, sou automaticamente responsável, porque capaz de dizer sim ou não e não há volta a dar. Se nunca for capaz de responder pelos meus actos e palavras, então nunca serei livre e nunca entenderei a maravilhosa fase da vida em que podemos crescer e melhorar um pouco mais o mundo - a juventude. Ser obrigado a fazer alguma coisa, pode ter o resultado de criar hábitos, mas obrigar alguém e nunca dizer o porquê dessa ordem leva o ser humano a perder a sua autonomia e dignidade. O Homem torna-se escravo. Por isso ser livre é muito bom e dizer que se é responsável é dizer sim à liberdade. Se digo sim à liberdade digo sim à sociedade e digo sim ao Outro, porque o respeito tal como ele. No trilho da nossa existência podemos encontrar muitos caminhos. Importa seguir por aquele que nos dá mais liberdade mas não esqueças que este é o que traz sempre mais responsabilidade.
Boa aventura!

Vamos criar laços…
E já agora... vive de modo que possas dizer que és livre!...

Carlos Reis

segunda-feira, maio 29, 2006

A PEÇA HUMANA...



É MAIS FÁCIL CONSTRUIR UM MENINO DO QUE CONSERTAR UM HOMEM".

(Charles Chick Govin)


Podemos utilizar este pensamento ou aquele que se refere ao menino pequenino que, como o pepino, é moldado. No entanto, prefiro este que de uma maneira geral apresenta o Homem na sua condição de ser em crescimento e evolução, capaz de se completar e de se comprometer, em sociedade, com os outros.
Confesso que acredito sempre nas pessoas. Considero-as sempre capazes de se transformarem. Sim esta ideia acalma-me sempre que comparo um homem a um objecto. O objecto se não serve ponho-o fora, enquanto o Homem tem que se preservar. E é aqui que reside a fundamentação da nossa dignidade enquanto seres humanos, da ética, da moral.
Não posso, embora às vezes apeteça, pensar que aquele jovem ou adulto, porque tem determinado tipo de comportamento não merece mais a minha confiança, nem a minha consideração. Pensar assim fazia-me um mero avaliador de peças, de objectos. Se não presta põe-se fora…
Não… Não podemos julgar… não podemos avaliar alguém que é igual a nós… só porque não teve a nossa sorte, porque não teve ninguém que fosse capaz de se interessar por ele. Pois, porque quando eu me interesso por uma “coisa”, ela torna-se valiosa para mim… porque lhe dou atenção… lhe dou tempo… lhe dou algo de mim… transmito-lhe confiança… capacidade para tentar gostar um pouco mais dela. E se faço isto com os objectos, com as “coisas”…, porque não fazê-lo com as pessoas? … Com aqueles que são iguais a mim? … Ou serei mais valorizado se não lhes der importância? Será que isso faz de mim um ser melhor?... Não. Pelo contrário. Quando ajo assim coloco-me em situação de desigualdade para com alguém que é nada mais, nada menos que igual a mim… um ser humano.
Construir um menino… significa termos a capacidade de nos darmos ao outro como se ele fosse uma criança, capaz de receber de nós valores e exemplos de vida capazes de dignificar a sociedade.
Consertar um homem… é sermos capazes de perdoar e de dar sempre mais uma oportunidade.
Se me perguntarem qual é mais fácil eu irei sempre responder…. -“Ambas são difíceis, porque são necessárias”.

Vamos criar laços…
Vemo-nos por aí. Um abraço!!!

Carlos Reis

NOVO ANO!


“O BEM QUE FIZEMOS NA VÉSPERA É O QUE NOS TRAZ A FELICIDADE PELA MANHÃ.”

(Provérbio hindu)

Vira o disco e o som é o mesmo? Todos os anos a tradição repete-se. Depois do Natal, vem o dia 31 de Dezembro e com ele o dia 1 de Janeiro. Um novo ano espreita e com ele desejos e esperanças de um futuro melhor.
Queremos festejar a alegria. Propomos brindes e pedimos desejos. Vestimo-nos de ritos e modas para que as coisas resultem melhor e sentamo-nos à espera delas durante todo o ano. No fim pensamos no porquê da demora! Depois será que fazemos um exame de consciência para apurarmos os porquês de tantos infortúnios?
Não é preciso muita magia para entender a arte de viver. O valor central das relações humanas está no dar. Se dou com amor aquilo que de bom tenho e de bem posso fazer, certo é que essas pequenas dádivas se tornarão em importantes alegrias, para todos. A felicidade torna-se realidade.
Há poucos dias ouvi falar no Banco do Tempo. Sabem o que é? O Banco de Tempo funciona como um banco mas com tempo e não com dinheiro. Deposita-se, dá-se, tempo ou disponibilidade para prestar um conjunto de tarefas (aquilo que de melhor sei fazer), medidas em unidades de tempo - horas, minutos - que é levantado, recebido, sob as mais diferentes formas, quando necessário. Depois posso procurar(levantar) o que preciso e dar(depositar) o bom e o bem que tenho. Deste modo, torno o meu tempo útil para os outros, porque lhes dou o melhor que sei fazer e posso sempre receber aquilo que me falta ou não sei fazer. O Banco de Tempo assenta na gestão do tempo, sob a forma de troca, aumentando a qualidade de vida, revitalizando e reorganizando a tradição da solidariedade social.
Pensa nisto e quem sabe se não podiamos abrir um Banco do Tempo. Que tal?

Vamos criar laços…
Vemo-nos por aí. Um abraço!!!

Carlos Reis

domingo, maio 28, 2006

O ALQUIMISTA...


“FOI O TEMPO QUE DEDICASTE À TUA ROSA QUE FEZ TUA ROSA TÃO IMPORTANTE".

(Saint-Exupéry, em O Principezinho)

O Homem, esse grande sonhador, criou no seu imaginário e viveu, a figura do alquimista. Este era, há muito tempo atrás, na Idade Média, aquele que procurava entender os segredos da Alquimia - a procura da panaceia (planta imaginária que tinha a virtude de curar todas as doenças) e da pedra filosofal (substância capaz de transformar qualquer espécie de metal em ouro).
Passados tantos anos… o sonho continua. O Homem continua a procurar a saúde, o poder e a riqueza eternas. Continuamos a tentar encontrar a forma de nos perpetuarmos, no tempo e no espaço, da melhor maneira possível. Somos assim, alquimistas… da natureza e do coração. Da natureza, porque tentamos transformá-la até que ela nos dê tudo o que necessitamos… , às vezes sem pensarmos nas consequências. Do coração, porque desesperadamente tentamos encontrar a felicidade e o Amor. E as trocas e baldrocas que damos para o conseguir conquistar… para o darmos… para nos darmos e sermos amados! No fundo somos seres à procura da perfeição e só nos completamos quando encontramos alguém que nos preencha totalmente. Por falar nisto, lembro-me de um conto que li, que tinha a ver com a queda de um anjo, o qual queria muito ver como era a realidade da terra. Como consequência perdeu uma asa para realizar o seu sonho… só que a realidade era muito diferente da que até então imaginara… e sonhava de novo voar e voltar para o céu. Este desejo só foi conseguido quando encontrou outro anjo que como ele, também, tinha só uma asa. Abraçaram-se e como se completaram conseguiram voar, de novo.
Encontrar assim alguém que nos complete e nos faça voar é o destino de qualquer homem e mulher. Só assim nos podemos transformar, com o amor, a vida e o que nos rodeia. Como alquimistas podemos transformar a realidade com o tempo lhe dedicamos. Pode ser uma rosa, um homem, uma mulher, um projecto… Podemos voar em sonhos… ou na realidade presente. Podemos transformar as mais pequenas coisas em preciosidades, basta querer.

Vamos criar laços…
Vemo-nos por aí. Um abraço!!!

Carlos Reis

O PINÓQUIO!


“A TUA ÚNICA OBRIGAÇÃO DURANTE TODA A TUA
EXISTÊNCIA É SERES VERDADEIRO PARA CONTIGO PRÓPRIO.”


(Richard Bach)


Ainda, à pouco tempo, tive a felicidade de ser, novamente, papá.
Já o era de um menino de dois anos e dez meses. E é com ele que quero partilhar, convosco, esta reflexão.
Por vezes, os pequeninos fazem pensar os grandes, porque verdades pequeninas são “grandes verdades”.
Tudo começou com a observação do nariz da irmã. Estávamos, na sala, a ver televisão e ele perguntou-me:
- Papá, porque é que a manita tem o nariz pequenino?
Respondi, que era pequenino, porque ela ainda era pequenina.
- Então é como o Pinóquio Papá? - Rematou!
O quê? - Respondi? Ele continuou… o Pinóquio tinha o nariz pequenino… mas quando cresceu o nariz também cresceu, não foi papá? Aqui a coisa complicou-se… pois explicar que o nariz só crescia quando o Pinóquio mentia… decifrar o que é isso da verdade e da mentira… Comentar isto já era mais complicado. Pouco tempo depois disse-lhe que sim, para encerrar a questão. No entanto, este episódio fez-me pensar na nossa natureza e na nossa realidade que é tanto mais pura, quanto mais pequenos somos .

De facto, por vezes, assemelhamo-nos ao Pinóquio… que vai crescendo para a maturidade e descobre novos mundos, onde pode ser o que quer… no entanto a descoberta da verdade encerra em si mesma um caminho de liberdade e responsabilidade que ele ainda não tinha conhecido. O caminho mais fácil, que seguiu, foi a mentira. Porque mentiu, tornou-se num menino mau… que para ser bom, teria que renunciar à mentira e tornar a ser verdadeiro… Ele consegui! Tornou-se um menino de verdade! Deixou de ser oco como os troncos velhos das árvores… Tornou-se num ser humano!

Proponho que deixemos as crianças serem verdadeiras, ao seu estilo, do seu modo, sem lhes retirarmos a magia da verdade e da honestidade… elas podem não entender os significados rebuscados que damos às coisas, mas não deixarão nunca de dizer o que pensam e o que sentem… por palavras ou por gestos. Deixemos de lhes puxar o nariz. Ele crescerá a seu tempo, adubado com o tom que dermos à verdade.


Hoje, ninguém quer ser criança… e porque não? Independentemente da idade que tenhas, se tiveres um coração de criança, então estás bem, estás no caminho da Humanidade.

Vamos criar laços… e lembra-te que “A tua única obrigação é seres verdadeiro para contigo próprio”.

Vemo-nos por aí. Um abraço!!!

Carlos Reis

A LIBERDADE!!!


“LIBERDADE SIGNIFICA RESPONSABILIDADE. É POR ISSO QUE
TANTA GENTE TEM MEDO DELA”.

(George Bernard Shaw)

Geralmente já poucos pensam nesta palavra. Os tempos são outros… não existem condicionalismos sociais que proporcionem e engrandeçam o significado da palavra… a vida é relativamente fácil, dizem os antigos comparando os tempos… são muitas as novas formas de pensar e opinar… a palavra liberdade aquietou-se e dela recordamos, entre outras, algumas conjecturas sociais recentes, como o 25 de Abril e os tempos da ditadura.

Hoje, entender a liberdade representa uma audaciosa capacidade de perceber o outro. É com o outro que construo a sociedade e descubro quem sou. Só com o outro eu posso entender a liberdade. Sozinho, não comunico, não partilho, não me relaciono, nada sou.

A liberdade é uma palavra activa, capaz de significar muitas coisas (de consciência… individual… poética… de expressão…) e uma só… Significa a aptidão em fazer algo (agir) sem impedimento. No entanto, esta capacidade só poderá ser, de facto, praticável se no fundo eu tiver a habilidade de olhar para o outro. Este dilema adquire novo significado. Chamamos-lhe responsabilidade (capacidade de responder por si… de dar uma resposta…).

Então ser livre, ter liberdade está, também, relacionado com responsabilidade? Sim, pois só agindo de modo livre (sem impedimentos) e responsável (de maneira consciente) é que eu cresço e ajudo os outros a crescerem como seres humanos. A minha liberdade enquanto ser humano é um direito que faz parte da minha dignidade, de mim. Ninguém me vendeu a liberdade… ela nasce e vive comigo. Por isso digo que a minha liberdade acaba quando começa a do outro… não que o outro seja impedimento da minha liberdade, senão que eu tenho que respeitar, também, essa sua dignidade que é igual à minha.

Compreender a liberdade resulta então numa tarefa existencial, em que cada acto e cada palavra transformam o HOMEM.
Sim! Não tenhas medo dela…

Vamos criar laços…
Vemo-nos por aí. Um abraço!!!

Carlos Reis

O 3º PERÍODO…!




“A MAIOR RECOMPENSA DO NOSSO TRABALHO NÃO É O QUE NOS PAGAM POR ELE, MAS AQUILO EM QUE ELE NOS TRANSFORMA.”


(John Ruskin)

Já muitos lutam, mais uma vez, pela pole position. São os chamados mínimos olímpicos que muitos precisam para passar de ano… e com eles a necessidade imperiosa de justificar mais um ano das suas vidas… a estudar… a trabalhar, sim que o estudo, também, é trabalho, meus amigos.
Recordo com alegria os 3ºs períodos, no meu tempo de estudante. Eles vinham sempre acompanhados da Primavera, da alegria, do sol, da mudança que a natureza operava, na mente e no coração. Eram tempos difíceis, mas que traziam uma alegria e uma calma sem comparação. Lembro uma aposta que os nossos professores nos fizeram, a qual consistia em irmos de férias para o Algarve durante uma semana se nenhum da turma tivesse negativas… conseguimos… foi espectacular.
Ainda hoje utilizamos incentivos. Os pais prometem aos filhos muitas coisas para eles passarem de ano. Pergunto se é necessário fazermos este jogo… Por acaso, também, prometem aos pais coisas para fazerem as suas obrigações?
O estudo deverá ser visto como um meio necessário ao crescimento de cada um. É o trabalho que nos dão enquanto “não podemos trabalhar”. E este tempo deve ser aproveitado ao máximo… pois se agora nos dão tantas coisas… um dia teremos que retribuir. É o tempo em que nos podemos transformar, para um dia, também, inovar a sociedade.
Por isso, a maior recompensa que podemos tirar do nosso trabalho, enquanto estudantes ou operários, não é o que outros nos dão, mas o que eu dou.

Vamos criar laços…
Vemo-nos por aí. Um abraço!!!
Carlos Reis

FAZEMOS AMOR?!


“O AMOR É UMA ACTIVIDADE, NÃO UM AFECTO PASSIVO; É UM ACTO DE FIRMEZA, NÃO DE FRAQUEZA...É PROPRIAMENTE DAR, E NÃO RECEBER”.

(Erich Fromm)

É absolutamente extraordinário este pensamento… É de uma delicadeza e saber impar, como já há muito não lia e meditava. Falar do Amor… não é nada fácil… tanto mais que a palavra AMOR já encontrou tantos conceitos e realizações.
Já alguém viu o Amor ou o fotografou? Já alguém o mediu ou pesou? Já alguém o sentiu ou experimentou? Certamente que aqui muitos de vós responderam SIM…
Acredito, porque eu também.

O amor é um sentimento que brota do apreço que cada um tem por si próprio. Sim… não acredito, que alguém ouse gostar de outro sem gostar primeiro de si. O amor é também um sentimento que brota da relação que eu tenho por uma ou mais pessoas. Posso dizer - “Eu amo-te…”, quando me dirijo à minha esposa, ou aos meus filhos, no entanto são diferentes dimensões da palavra AMOR. O amor conjugal e o amor filial… o amor paternal/maternal e o amor fraterno… o amor a uma causa/projecto ou o amor a um objecto… o amor ao trabalho ou a uma instituição...

Na existência de cada um, o amor assume a maior e mais clara expressão da nossa sexualidade (a sexualidade humana é uma parte fundamental da nossa personalidade. É um modo de ser, de me manifestar, de comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano). É aquilo que me define como ser humano que sou…. Ouvimos e dizemos muitas vezes a expressão “Fazer Amor”… e fazemos amor quando nos gestos, palavras, actos e emoções mostramos aos outros quem somos e porque somos. Por isso, é tão importante fazer amor, com liberdade e responsabilidade…

Se entendo que na minha vida o Amor será sempre dar - isto porque não é um acto egoísta - então entendo, definitivamente, que o Amor é o melhor que há em mim e que eu dou aos outros.

POR ISSO, O AMOR É UM ACTO FIRME E GENEROSO.

Vamos criar laços…
Vemo-nos por aí. Um abraço!!!

Carlos Reis